Quem sou eu? Essa pergunta movimenta nossas inquietudes e a resposta depende de muito trabalho e vontade de enxergar o que está além dos olhos e da percepção trivial.
Saber quem se é, ajuda a reconhecer as competências que se tem, forças e fragilidades, mas, acima de tudo, possibilita contatar os modelos mentais e principais emoções que direcionam ações e decisões.
Então, não há dúvida sobre a importância do autoconhecimento. Mas, por onde começar? Em primeiro lugar, entendendo que autoconhecimento é um processo que tem início, mas não tem fim. Em segundo, reconhecendo que cada escolha conta um pouco quem se é, das características que temos, do que se valoriza.
Prestar atenção nos pensamentos, nas emoções, na forma como nosso corpo reage às várias situações também são informações a nosso respeito.
O autoconhecimento está relacionado à consciência que se tem de nós mesmos e isso possibilita administrar as características de forma a utilizá-las a nosso favor, o que é um diferencial dos profissionais, tanto na hora da seleção como durante toda sua vida profissional. Faz escolhas mais conscientes, é produtivo, seguro, íntegro e valioso.
Saber quais são suas forças e fraquezas e tende a assumi-las, não atribuindo à empresa ou aos colaboradores, suas dificuldades.
Conhecer-se também é ter o gosto pela diferença e a humildade de entender que cada ser humano é um universo, portanto, com características complementares. Assim, ao pensar em formar equipe, provavelmente o líder, consciente de si mesmo, vai buscar profissionais com competências diversas das dele.
Equipes com líderes conscientes de si mesmos, normalmente são estimuladas também a se conhecerem e, então, seu trabalho se torna também mais produtivo, principalmente pelo fato de que a comunicação é construída de forma mais segura e assertiva.
Prima irmã do autoconhecimento, encontramos a autoestima, que diz respeito a gostarmos de nós mesmos, do jeito que somos. Isso não significa a opção pela zona de conforto, mas sim, a busca pela expansão, a partir das nossas potencialidades e forças.
Autoconhecimento e autoestima são duas faces da mesma moeda. Desenvolvê-las é necessário para todo profissional e essa busca pode ser feita de várias formas, desde com a ajuda de um profissional, passando pela atenção dada aos feedbacks recebidos e, ainda, pela auto-observação. A participação em treinamentos possibilita-nos algum esclarecimento sobre o assunto, potencializando esta busca. Este é um desafio para aqueles que têm a consciência da responsabilidade de “ser” um humano melhor.
Você é um deles?
Fátima Motta
Sódia-diretora da FM Consultores
Professora da ESPM e da FIA USP