A influência da personalidade na liderança

Cada vez mais percebo a influência da personalidade na forma como os profissionais lideram, mas nem sempre existe essa consciência, o que é uma pena, porque muitos problemas poderiam ser minimizados e haveria maior fluidez, tanto na vida como no trabalho, se houvesse um conhecimento, pelo menos razoável, da personalidade.

 

Para começar, vamos conceituar o que entendemos por personalidade. Personalidade refere-se a um conjunto único de características psicológicas, padrões comportamentais, pensamentos, emoções e traços distintivos que influenciam a maneira como uma pessoa percebe o mundo, interage com os outros e se comporta em diferentes situações.

 

A personalidade é moldada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como a herança genética, a educação, as experiências de vida, a cultura e o ambiente social. Ela é relativamente estável ao longo do tempo, embora possa ser influenciada e modificada por eventos significativos, como traumas ou mudanças importantes na vida.

 

Personalidade, enfim, é a máscara que aprendemos a usar para nos relacionarmos com o mundo.

 

Apesar da personalidade não ser o único fator determinante na liderança, ou seja, habilidades, conhecimentos, experiências e valores também desempenham um papel crucial, a personalidade fornece o contexto e a base a partir dos quais os líderes exercem sua influência e lideram suas equipes.

 

A personalidade afeta a forma como os líderes se relacionam com os outros, tomam decisões, comunicam-se e lidam com desafios e situações de trabalho.

 

No trabalho de mentoria e nos programas de liderança, utilizo como ferramenta para conhecer traços da personalidade, o Eneagrama, conhecimento bastante utilizado hoje em todos os países e nas principais universidades do mundo.

 

O eneagrama, descoberto e muito utilizado no Oriente, desde o Egito Antigo, veio para o Ocidente por Gurdjief, um filósofo armênio e, depois dois psicólogos, Ichazo e Naranjo desenvolveram, na Escola de Arica, o que conhecemos atualmente como Eneagrama das Personalidades.

 

Segundo o Eneagrama das Personalidades, há 9 formas de enxergar o mundo, chamadas de Tipos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

 

O estilo de liderança de cada um desses tipos pode variar enormemente. O tipo 1, por exemplo, conhecido como Perfeccionista, pode ter um estilo de liderança, focado na qualidade e na excelência. Já o tipo 2, conhecido como Doador, pode ter uma gestão mais paternalista. O tipo 3, conhecido como Desempenhador, pode ter uma gestão focada em resultados. O tipo 4, conhecido como Romântico, pode ter uma gestão mais crítica. O tipo 5, conhecido como Observador, pode ter um estilo de liderança mais distante, focado nos aspectos racionais. O tipo 7, conhecido como Epicurista, pode ter um estilo de liderança mais inovador. O tipo 8, por sua vez, conhecido como Patrão, pode ter um estilo de liderança mais autoritário e, finalmente, o tipo 9, conhecido como Mediador, pode ter um estilo de liderança mais harmonizador.

 

Cada um desses estilos, têm vantagens e desvantagens. Na medida que sejam conhecidas, podem ser gerenciadas de forma a obter os melhores resultados e relacionamento saudável com a equipe.

 

A forma de comunicação, bem como como cada líder toma decisões, sua forma de pensar, de lidar com as emoções estão completamente conectadas à sua personalidade. Ao conhecer melhor, por exemplo, qual seu tipo, cada profissional pode entender, por exemplo, porque tem mais dificuldade para tomar decisões, porque é mais lento na forma de lidar com uma demissão, o motivo que o leva a ter tanto cuidado com procedimentos e processos. Pode também entender a causa da procrastinação de alguns trabalhos, porque sua cabeça não para de pensar e de ter ideias que nem sempre consegue colocar em prática, porque gosta tanto de trabalhar que faz do trabalho sua vida, ou ainda, porque é capaz de deixar tudo para ajudar alguém que esteja precisando.

 

Entende também porque, por vezes, não se dá o devido valor, porque deixa algumas oportunidades passarem, ou ainda, porque quer absorver todos os trabalhos, sem parar para pensar se são ou não válidos.

 

Seu estilo de comunicação, mais lento ou mais rápido, mais ou menos assertivo, com maior ou menor facilidade para dar feedback, também está completamente relacionado com sua personalidade.

 

As escolhas que fez na sua carreira, a forma como orienta sua equipe, o que pensa de cada colaborador, como encara o trabalho, também são frutos, em grande parte, da sua personalidade.

 

Outro impacto significativo da personalidade, está na forma como cada profissional, cada líder, encara e resolve (ou não), os próprios conflitos e os da equipe. Há aqueles que fazem de conta que o conflito não existe e os que encaram o conflito como uma luta que alguém precisa vencer e outro precisa perder. Ainda há os que conseguem ver nas duas partes a possibilidade de construir uma via do meio, uma terceira forma de resolver o conflito e assim o faz.

 

Claro que conhecer a personalidade é o trabalho para uma vida, mas, desconheço um profissional que consegue resultados com sua equipe e não sabe quem é, como reage. Quando não se conhece a personalidade, é como ter uma Porsche e não saber dirigir. É pisar no freio quando se quer acelerar, ou o contrário. Imagine que é isso que faz um líder que não conhece sua personalidade. Não sabe como se autodirigir, não sabe o que fazer para controlar suas emoções ou para potencializá-las. Não consegue obter o máximo de seus instintos e capacidade mental, porque é limitado no que se refere ao conhecimento dos seus potenciais ou vulnerabilidades.

 

Eu, como líder, posso dar meu testemunho: antes de conhecer minimamente a minha personalidade, parecia um carro desgovernado, exigindo mais do que as pessoas podiam dar. A partir do momento que entendi minha personalidade (sou tipo 3 do eneagrama), pude traçar minha rota de desenvolvimento e, hoje, sei pilotar minha própria máquina. Às vezes esqueço de “trocar a marcha”, mas logo me dou conta e conserto o possível estrago.

 

Se você se sentiu “mexido” com esse artigo, não hesite em procurar seu caminho, seja pelo eneagrama (eu posso te ajudar nisso), seja buscando outras alternativas para que você invista tempo na única coisa que importa: VOCÊ!!

 

Profa. Dra. Fátima Motta

 

AUTOCONHECIMENTO É A CHAVE DO SUCESSO 

 

Muitos desafios  passam pelo aspecto individual, da construção de cada personalidade. Por incrível que pareça, conhecemos muito mais os objetos que possuímos como celulares, smart tvs, carros etc., do que nós mesmos. Sabemos quais comandos utilizar nesses objetos e não temos a menor ideia de como direcionar nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos. 

 

Por isso, desenvolvi uma metodologia própria para trabalhar com profundidade seu autoconhecimento. Essa metodologia tem base na psicanálise e no eneagrama. Marque uma conversa comigo para que eu possa explicar sobre o grande salto que você pode dar em sua vida, a partir do autoconhecimento.

 

Entre em contato para mais informações.

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