Os Perigos da Imaturidade Pessoal e Profissional

Nas mentorias que realizo, uma questão aparece com frequência: como é possível que profissionais tão competentes tecnicamente tenham tantas dificuldades de lidar com pessoas e com eles mesmos? A resposta, muitas vezes, está na falta de maturidade, um tema que incomoda, mas que precisa ser falado.

Maturidade não tem nada a ver com idade. Já vi jovens que surpreendem pela serenidade e equilíbrio com que enfrentam desafios, e adultos experientes que ainda reagem de forma impulsiva, ressentida ou até infantil diante de situações simples.

Mas, afinal, o que é maturidade? É a capacidade de lidar com a vida e com o trabalho de maneira consciente, responsável e equilibrada. Significa assumir escolhas, reconhecer erros, aprender com eles, respeitar limites e administrar emoções. Não é ausência de medo, raiva ou frustração, mas a habilidade de não deixar que esses sentimentos governem atitudes e decisões.

No ambiente profissional, isso se traduz em autoliderança. O profissional maduro sabe se organizar, manter foco, assumir responsabilidades e buscar constantemente evoluir. Ele não espera que o ambiente o molde; é protagonista do próprio desenvolvimento. Essa consistência gera credibilidade e diferencia qualquer carreira.

E quando um profissional com essa base de maturidade chega a uma posição de liderança, o impacto é ainda maior:

  • O líder que apresenta maturidade no seu comportamento toma decisões ponderadas, mesmo sob pressão, administra conflitos de forma construtiva, comunica-se com clareza e respeito, reconhece seus erros e lidera pelo exemplo.
  • O líder imaturo decide de forma impulsiva, transfere culpas, alimenta rivalidades, comunica-se de modo agressivo ou defensivo, e gera insegurança e medo em sua equipe.

Os resultados falam por si: equipes lideradas por pessoas maduras são mais engajadas, criativas e resilientes. Já aquelas conduzidas por líderes imaturos enfrentam tensão, retrabalho e desmotivação.

Assim, maturidade é um processo contínuo, não um destino. Quanto mais cultivamos esse caminho, mais nos fortalecemos como indivíduos e mais impacto positivo geramos nas pessoas e nos resultados à nossa volta.

 

Deixo algumas provocações:

  • Você tem assumido a responsabilidade por suas escolhas ou ainda terceiriza culpas?
  • Consegue administrar suas emoções nas situações de pressão ou acaba sendo dominado por elas?
  • Seus liderados o veem como uma referência de equilíbrio ou como alguém que gera instabilidade?

No fim, crescer profissionalmente é também crescer como ser humano. E esse é o verdadeiro diferencial de quem quer deixar uma marca consistente no mundo do trabalho.

 

Profa. Dra. Fátima Motta

 

 

 

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