Sabemos que uma boa comunicação é decisiva para qualquer relacionamento, seja pessoal ou profissional. Qualquer ideia para ser vendida ou informada, precisa de uma comunicação eficaz. Um profissional para conseguir construir sua carreira depende fundamentalmente de sua capacidade em se comunicar.
E também sabemos que esse é o nosso maior desafio como seres humanos.
No primeiro artigo desta série sobre comunicação (https://fatimamotta.com.br/artigos/como-entender-e-ser-entendido-por-alguem) o objetivo foi tratar a importância da definição do foco e do interesse real que se tem ao comunicar algo a alguém, buscando inicialmente um alinhamento interno, para depois estabelecer uma comunicação efetiva.
Continuando nossa investigação sobre esse tema tão desafiador, neste artigo trataremos uma questão bastante complexa que é a forma como nos comunicamos.
Um princípio básico que precisamos constantemente nos lembrar é que a maior responsabilidade pelo processo de comunicação é do emissor da mensagem e não do receptor. Por outro lado, a comunicação só acontece quando o receptor retorna para o emissor alguma informação ou mensagem que garanta que entendeu o que foi transmitido.
Ou seja, a responsabilidade é do emissor, mas quem garante a efetividade do processo de comunicação é o receptor. Só por isso já podemos imaginar a complexidade do tema, mas vamos adiante.
Sabemos, também, que quando comunicamos algo, o como comunicamos é mais importante do que o que comunicamos. Esse “como” engloba o tom e a altura da voz, os gestos, o olhar, a inclinação da cabeça, do tronco, enfim, toda comunicação corporal. Apenas para constar dados numéricos, toda comunicação acontece 7% pelas palavras ditas, 38% pelo tom da voz e 55% pela expressão corporal.
Esses dados não servirão de nada se nós não tivermos uma boa auto percepção e, por incrível que pareça, é o que a maioria das pessoas não têm. Você já deve ter ouvido sua voz em uma gravação e se espantado, ou visto um vídeo onde não poderia imaginar alguns vícios ou trejeitos corporais que possui. A verdade é que não temos um espelho 24 horas na nossa frente e, mesmo se o tivéssemos, arranjaríamos um jeito de olhar só para aquilo que nos interessa.
Imagine a complicação que isso causa na nossa comunicação. Se 93% da nossa comunicação depende da nossa auto percepção e se nós não a temos, como podemos ter consciência do que estamos comunicando?
E se a comunicação for por telefone? O peso da voz se torna muito maior. E se a comunicação for por face time ou Skype? E hoje, observamos que é normal liderarmos pessoas que não estão no mesmo ambiente físico, às vezes nem na mesma cidade e nem no mesmo país.
Por tudo isso devemos realmente dar muito valor à forma como nos comunicamos e não só para o que comunicamos. Claro que nossa comunicação é totalmente influenciada pelo grau de atenção, interesse da outra pessoa, ou até pelo feedback não verbal, mas a consciência disso tudo é que nos permite aproveitar oportunidades tanto na vida pessoal como na profissional e também construir relacionamentos.
Mas, então, vamos às dicas para que tomemos consciência da forma como nos comunicamos:
Dica 1 – Grave sua voz várias vezes ao dia, quando estiver em uma reunião, ou quando fornecer um feedback a alguém. Depois escute a gravação como se fosse uma outra pessoa falando e observe a sensação que teria ao ouvir alguém se comunicando como você. Avalie o tom de voz, o ritmo da fala, o conteúdo e a intensidade de tudo que falou.
Dica 2 – A partir das suas observações, identifique o que ajuda e o que atrapalha na sua comunicação e faça um pequeno plano de ação para potencializar o que ajuda e minimizar o que atrapalha.
Dica 3 – Identifique aspectos da sua personalidade que podem ter interferido na sua forma de comunicação. Por exemplo, impulsividade, perfeccionismo, agressividade etc.
Dica 4 – Grave um vídeo de você falando, ou peça para alguém gravar como você se expressa, gestos, postura corporal ou simplesmente deixe o celular em algum lugar onde a gravação pode seguir sem que você se preocupe.
Dica 5 – Analise os aspectos corporais e gestuais de maneira geral, observando qual o impacto que causariam se você estivesse vendo uma pessoa agir como você age, comportar-se e gesticular como você gesticula. Você transmite energia, entusiasmo, agressividade, felicidade, certeza, dúvida ….?
Dica 6 – Identifique aspectos corporais que facilitam a compreensão da mensagem e os que dificultam.
Dica 7 – Faça um plano de ação, potencializando os aspectos corporais que favorecem sua comunicação e minimizando os que a desfavorecem.
Dica 8 – Preste atenção em você quando se comunica, no seu tom de voz e nos seus gestos e coloque em prática seu plano de ação.
Pode ser que você sinta necessidade de alguém para te ajudar, como uma fonoaudióloga, um coach, um amigo para dar feedback, ou até um curso de teatro e de dicção. Não hesite em buscar ajuda, caso seja necessário. Mas, talvez, apenas esse exercício, feito com consciência ajude a superar e potencializar o que é necessário para uma comunicação produtiva.
Essas dicas são especialmente válidas para os líderes de equipes distantes, onde não há tempo para muitas explicações. A compreensão de qualquer informação se dá muito mais pela voz e imagem, responsáveis pela criação ou não de um vínculo entre líder e liderado, fator decisivo para o sucesso ou insucesso da liderança.
Fica aqui mais um convite: pratique as dicas, conte-nos o que conseguiu praticando-as e compartilhe esse artigo com seus amigos, pares, clientes, familiares, colaboradores, ou com quem você acha que precisa.
Caso você queira conhecer mais sobre o significado de algumas posturas corporais, segue uma dica de leitura: Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal, de Allan Pease.
Em breve você receberá o terceiro artigo sobre o tema Comunicação: Como entender e ser entendido!
Profa. Dra. Fátima Motta
AUTOCONHECIMENTO É A CHAVE DO SUCESSO
Muitos desafios passam pelo aspecto individual, da construção de cada personalidade. Por incrível que pareça, conhecemos muito mais os objetos que possuímos como celulares, smart tvs, carros etc., do que nós mesmos. Sabemos quais comandos utilizar nesses objetos e não temos a menor ideia de como direcionar nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Por isso, desenvolvi uma metodologia própria para trabalhar com profundidade seu autoconhecimento. Essa metodologia tem base na psicanálise e no eneagrama. Marque uma conversa comigo para que eu possa explicar sobre o grande salto que você pode dar em sua vida, a partir do autoconhecimento.
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