“Liderança 4.0: a liderança ágil e colaborativa”
O que significa Liderança 4.0?
A Liderança 4.0 é chamada assim porque correlaciona-se à Quarta Revolução Industrial, revolução pela qual estamos passando hoje. O conceito da Quarta Revolução Industrial foi criado pelo Dr. Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial e autor do livro A Quarta Revolução Industrial. De acordo com Schwab, uma revolução industrial é caracterizada pelo aparecimento de novas tecnologias e novas maneiras de perceber o mundo, que impulsionam uma mudança profunda na economia e na estrutura da sociedade. É nosso caso. Estamos entrando na próxima fase de uma expansão tecnológica surpreendente que, segundo o autor, começou na virada deste século, a partir da revolução digital. O que a impulsiona são tecnologias como cloud computing, redes sociais, mobilidade, Internet das Coisas e Inteligência Artificial, em conjunto com maior capacidade computacional e de armazenamento de dados, que conhecemos como Big Data.
Entende-se que cada Revolução industrial teve seu jeito de impactar a forma como as pessoas eram dirigidas, lideradas.
A Quarta Revolução Industrial está acontecendo agora e é um momento importantíssimo no mundo dos negócios, no mundo do trabalho, que impacta diretamente as lideranças das empresas. O mundo já passou por diversos momentos de transformações, mas deste, que está acontecendo agora, é particularmente importante e urgente falarmos, pois envolve justamente a velocidade, o instantâneo, o imediato.
Então, precisamos aprender o que é ISTO enquanto o ISTO ainda se constrói. Aprendemos enquanto construímos, sobre aquilo que estamos construindo. É o mundo VUCA, volátil, incerto, complexo e ambíguo. Estamos nele e precisamos compreendê-lo.
Modelo Desenvolvido Por Fátima Motta
O modelo de liderança que criamos baseia-se no grande desafio do líder que é ter igualmente foco nos resultados e nas pessoas. Para que isso seja possível, nosso modelo pressupõe quatro arquétipos. Dois deles, o doer e o visionary, são voltados para resultados, e os outros dois, o healer e o teacher / learner, têm foco em relacionamentos.
Durante a primeira e a segunda Revolução Industrial, ou seja, quando começamos com as máquinas a vapor, em 1760 e no início do século XX com a vinda da eletricidade, o foco das empresas era em resultados e o doer, ou seja, o realizador, sobressaía. O líder era o sujeito que sabia, mais do que todos, como as coisas eram feitas. O líder era o sujeito mão na massa.
Na Terceira Revolução Industrial, quando a tecnologia já começa a fazer parte das nossas vidas, com os mainframes continuava-se a pensar no resultado, mas a rapidez das mudanças introduzidas pela tecnologia trouxe o segundo arquétipo que citamos — o visionário. Isso significa que a visão de resultado passou a ser de mais longo prazo, ou seja, em nome do resultado, passou-se a pensar em novos produtos e nas necessidades e desejos dos clientes, passou-se a antecipar mudanças e a entender que o resultado da organização dependeria dessa capacidade de antecipação. O doer e o visionary se juntam na liderança das empresas.
No final da Terceira Revolução Industrial, as organizações começaram a perceber a importância do relacionamento, com o objetivo de melhorar o resultado. Começou a surgir a figura do healer (curador) como o líder que cuida das pessoas, além de cuidar dos resultados.
O que aconteceu efetivamente é que as organizações perceberam que cada vez mais seu resultado dependeria das pessoas, de suas ideias, seu comprometimento, sua adaptabilidade e sua flexibilidade. E isso só seria possível se os relacionamentos entre as pessoas, dentro das empresas, fossem melhores e mais produtivos. Percebeu-se que se os valores das pessoas não estiverem conectados com os valores das organizações, os resultados não serão os melhores, por melhor que seja o planejamento. Surgiu, então, a figura do teacher/learner, nosso quarto arquétipo, que é o líder que aprende e ensina com sua equipe. Esse líder veio para potencializar a capacidade de cada um, estimulando as pessoas a irem além e a elevarem a empresa a outro patamar. Isso não era possível em uma organização piramidal, mas é totalmente lógico em organizações em rede.
Uma das marcas da quarta revolução industrial é que tudo acontece agora e ao mesmo tempo, nada está acabado. Assim, enquanto vamos construindo as novas relações de trabalho, as novas formas de trabalhar, vamos desenvolvendo as habilidades de lidar com elas e com todas as variáveis que são colocadas diante de nós.
Como a Liderança 4.0 pode impactar nossas ações no dia a dia
A consciência da Liderança 4.0 pode preparar-nos e alertar-nos a desenvolver competências que antes não valorizávamos. Ajuda-nos a entender que nada acontece mais dentro de um planejamento estático e que precisamos entender igualmente de inteligência artificial, dados, internet das coisas, assim como termos inteligência interpessoal e intrapessoal, termos capacidade de enxergar lá adiante mas também de executar, construir o que necessitamos e precisamos entender, acima de tudo que nada se faz sozinho, então conexão é fundamental, empatia, mais do que nunca, colaboração, olhar a parte e o todo, o todo e a parte, com simplicidade, buscando a inovação, flexibilidade e adaptabilidade sempre.
É um desafio e tanto, mas que precisamos nos preparar.
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Como a Agilidade da Liderança 4.0 contribui para a construção da Excelência
Quanto mais colocarmos foco no que precisamos desenvolver, mais nos conhecermos e ficarmos no aqui e agora, tanto mais ganhamos aglidade. No fundo, a agilidade que a Liderança 4.0 demanda, não é fazer tudo com pressa e de qualquer jeito, mas é fazer o que precisa ser feito. Asssertividade, simplicidade e colaboração.
Como as diferentes gerações lidam com as exigências da Liderança 4.0
A questão não está nas gerações, mas sim na adaptabilidade e flexibilidade que cada pessoa apresenta. Em termos gerais podemos tecer algumas considerações.
Os millenials não aguentam conversas não verdadeiras. Não se deixam levar pela simples autoridade hierárquica, sem competência e com a falta de verdade nas ações. Fazem parte de uma época onde a credibilidade vale muito, uma vez que parece não ser encontrada com tanta facilidade. Assim, não é o poder que conta, mas sim a ética, os valores e o propósito. São muito mais introspectivos , não gostam de se expor e se dedicam aquilo que acham que vale a pena e por prazo determinado. Portanto, quando se fala em metodologias ágeis, scrum, squad etc., são formas de trabalho que a Liderança 4.0 contempla e extremamente positivas e atrativas pra os millenials.
Já as outras gerações podem ser mais resistentes e depender de maior aprendizado e aceitação. A geração X, por ter desenvolvido uma forma muito individualista de ser, acaba sofrendo mais.
A geração Y diminuiu em muito o olhar ambicioso da geração X, mas querem pouco esforço nas suas ações. Gostam que as coisas aconteçam de forma rápida e aprenderam a descartar tudo. Agora é um grande momento de aprendizado para essa geração, uma vez que terá que rever a postura de descarte.
A importância dos líderes
Este é o tempo dos líderes serem os estimuladores para a autoliderança. São os que precisam desenvolver as pessoas, principalmente no gosto de aprender a aprender. Nunca essa competência foi tão importante e, mais agora, aprender a aprender e estimular a todos o gosto por se desenvolver é o grande diferencial que os líderes podem trazer. É ajudar as pessoas a definirem com mais precisão quais os conhecimentos e habilidades que precisam ser desenvolvidas, deixar que as pessoas ajam da melhor forma, permitir o real crescimento de cada um, dando apenas os direcionamentos necessários, estando do lado , não só para orientar, mas para aprende e ensinar.
A Mudança da Liderança 4.0
Antes o foco era em resultados custe o que custar (e até agora encontramos essa postura). Neste momento precisamos olhar para questões do todo e não apenas do lucro. É importante colocar as pessoas no mesmo patamar ou quiçá acima dos resultados.
Ou seja, colocar o cliente de fato no centro, entender profundamente o que ele quer, o que atrapalha sua vida, utilizar a inteligência artificial de forma amigável e a seu favor.
Os colaboradores, por sua vez, são a grande fonte de informação e de ação que, se vistos e aceitos também como clientes, podem ajudar enormemente o desenvolvimento de novas formas de trabalho, mais colaborativas e ágeis.
Por outro lado há também uma imensa necessidade que os colaboradores se desenvolvam. Precisam ser parte dessa mudança e colocar as pessoas no centro, seja seus colegas, seu líder, seu cliente. Pessoas no centro, focadas no que precisa ser feito, construindo o que precisa ser construído, alinhados ao propósito, com suficiente flexibilidade para testar e mudar, mudar e testar.
Competências a serem desenvolvidas na Liderança 4.0
As competências que devem ser desenvolvidas na Liderança 4.0, descritas e ensinadas no Curso Liderança 4.0, a Liderança Ágil em Tempos Velozes, http://fatima-motta.eadbox.com/, são:
Visão ampla e multidisciplinar
Prontidão para a ação
Simplicidade
Inovação
Inteligência Interartificial
Capacidade de ensinar e aprender
Inteligência Interpessoal
Inteligência Intrapessoal
Empatia
Agilidade
Colaboração
Como atingir esse patamar da liderança 4.0, ágil e colaborativa
Para atingir esse patamar é necessário trabalhar muito, construir conhecimento e sabedoria, transformando-os em habilidade, através da auto-observação e investindo no “ser”.
De forma prática consegue-se esse desenvolvimento participando de cursos, lendo, observando o que acontece no mundo e consigo mesmo, pedindo ajuda a profissionais para que possam fazer essa travessia – mentoria, pedindo e aceitando os feedbacks que recebe e, acima de tudo colocando em prática tudo que aprende, desaprendendo e aprendendo de novo.
Finalizando: 3 Dicas Importantes
A todos que querem alinhar-se ao momento atual, sugiro que:
- Trabalhem no desenvolvimento das competências da Liderança 4.0
- Trabalhem na construção de uma equipe autônoma, ágil, colaborativa e diversa
- Trabalhem fortemente no seu auto conhecimento para entender seus vieses inconscientes, seus vícios emocionais e suas fixações mentais.