Escolhas!

Você já parou para pensar que sempre estamos escolhendo?

 

Escolhas acontecem desde a hora que nós acordamos até quando vamos deitar.

 

Escolhemos a hora de levantar, a roupa que vamos colocar, a forma como iremos trabalhar, se tomamos ou não café da manhã, se cumprimentamos ou não as pessoas ao sair de casa e as pessoas durante o trajeto até o trabalho.

 

Escolhemos manifestar bom ou mau humor e assim outras tantas escolhas vão povoando o nosso dia de decisões, as vezes sensatas e por vezes insensatas.

 

O que pauta nossas escolhas?

 

Em primeiro lugar, é a forma como enxergamos a situação, seja ela qual for. Podemos perceber parte da situação e, portanto, fazermos escolhas prejudicadas, ou vemos além, o todo, e tomamos decisões mais abrangentes, mais apropriadas, como se conseguíssemos nos afastar da situação e pudéssemos enxergá-la de um plano distante.

 

Vou dar um exemplo: a decisão que tomo para o café da manhã pode ser baseada apenas na pressa e, portanto, tomar um cafezinho preto e sair para trabalhar será a melhor opção. Se eu enxergar a situação como um todo, posso me afastar por um momento e entender que a alimentação da manhã é fundamental para minha saúde e eu consigo demorar mais 5 minutos sem prejuízo algum.

 

E ainda, estar alguns minutos com a família na parte da manhã é muito saudável, o que faz com que a melhor decisão seja tomar um café da manhã sentada à mesa e comendo de uma maneira mais plena, mais nutridora. Esse exemplo é minúsculo perante o mundo das inúmeras escolhas que fazemos diariamente, mas pode ser expandido para outras situações.

 

Pense em todas as escolhas que você faz e veja como é real o que está lendo.  

 

Outro aspecto importante quando se faz escolhas está em nossos modelos mentais. Dependendo da forma como se interpreta a situação, pode-se tomar decisões absolutamente diferentes. Como exemplo, posso citar a experiência que tive hoje, com uma consultora de estilos.

 

As decisões que ela tomava em relação às melhores cores que combinam com a minha pele, faziam parte de um repertório próprio dessa profissional, ou seja, do modelo mental que ela tem a partir de sua experiência e conhecimentos.

 

As mesmas escolhas a partir do meu repertório e da minha experiência, talvez fossem outras, ou pelo menos embasadas em outros aspectos, muito mais subjetivos do que os de uma profissional experiente.

 

Outro aspecto fundamental na questão das escolhas refere-se aos nossos valores e crenças. Existem escolhas que tomamos com base em escolhas que não privilegiam nossos verdadeiros valores. Vamos na massa, escolhendo qualquer coisa. Isso acontece quando nossos valores não são chamados para participar das nossas decisões. Isso pode acarretar escolhas infundadas, geradoras de posteriores arrependimentos.

 

Quantas vezes decidimos por algo que sabemos ser contrário aos nossos valores, mas, até por uma questão de comodidade, ficamos em uma zona de conforto e podemos inclusive culpar outras pessoas por nossas escolhas, assumindo uma postura de vítima e infantilizada.

 

Escolher com base nos valores, crenças, ajuda-nos a ter mais integridade e ética, além de garantir que possamos dormir com tranquilidade.  Assim, escolher liga-se à grande possibilidade de colher o que escolhermos.

 

É bonito esse trocadilho pois mostra com clareza que tudo que nós colhemos é diretamente relacionado à nossas escolhas. E, se eu escolho é porque eu olho. Esse trocadilho também explica que o nosso olhar é responsável por nossas escolhas, ou seja, a nossa visão é responsável por tudo que escolhemos. Olho, escolho, colho.

 

Fica aqui uma pergunta: o que você vem colhendo no seu dia a dia?

 

O que você colhe está ligado diretamente aquilo que você escolhe?

 

A sua visão, o seu olhar está focado nos seus valores mais essenciais?

 

Como fazer para que as escolhas sejam as melhores possíveis?

Uma dica que funciona para mim: eu procuro o alinhamento interno, partindo do foco principal: pergunto a mim mesma – o que eu quero? A partir daí me reúno aos meus valores, pesquiso meus modelos mentais, ajusto meu pensamento ás emoções e escolho o melhor que posso. Percebo então, que boas escolhas possibilitam boas colheitas.

 

Espero que nossas escolhas sejam conscientes e verdadeiras. Portanto, deixo aqui um desejo: que possamos alinhar nossa visão às nossas ações e assim colhermos os frutos que tanto buscamos.

 

Fatima Motta

 

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