Este é o terceiro artigo de uma série sobre Comunicação.
No primeiro artigo (https://fatimamotta.com.br/artigos/como-entender-e-ser-entendido-por-alguem), enfatizamos a importância do foco e passei duas dias: paciência e reconhecer motivações e interesses.
No segundo artigo (https://fatimamotta.com.br/artigos/comunicacao-como-entender-e-ser-entendido-segundo-artigo) , falamos da importância da auto percepção e passamos várias dicas para que você possa perceber como de fato se comunica, seu tom de voz, postura e aspectos da personalidade.
Neste terceiro artigo, o foco é a Assertividade. Você sabe que uma pessoa assertiva é aquela que fala o que pensa e o que sente, sem desrespeitar o outro.
Assertividade é uma competência específica de quem se comunica de forma adulta e madura. Traz o conceito da firmeza e da inteireza de quem se comunica. É ser objetivo na forma como transmite uma mensagem. É saber que o nosso tempo é muito precioso para dar voltas e não dizer o que precisa ser dito.
A falta de assertividade gera dúvidas, descréditos e perda de tempo. A assertividade gera uma comunicação mais aberta e focada, direta e certeira.
Às vezes confundimos assertividade com agressividade e aí cometemos um grande erro, pois ser assertivo não tem nenhuma correlação com o ser agressivo. Ser agressivo é deixar a impulsividade tomar o primeiro lugar na comunicação e o desrespeito aparece como consequência imediata. É simplesmente não escutar a outra pessoa, não compreendê-la e, com palavras, exercer uma força que fere o receptor da mensagem.
Claro que esbarramos, aqui, com um conceito cultural, porque o que pode nos ferir, como brasileiros, nem sempre fere um europeu e, por vezes, nos sentimos agredidos pela forma como um europeu se dirige a nós. Assim, a cultura onde estamos precisa ser considerada para praticarmos a assertividade.
No outro extrema da assertividade encontra-se a não assertividade, que é a característica das pessoas que não se posicionam perante um determinado assunto, ou se posicionam de maneira tão suave ou delicada, que seu ponto de vista não é levado em consideração. Podemos entender que, por vezes o indivíduo não assertivo é aquele que foi socializado a ponto de ser engolido pela sociedade, de tal forma, que fala aquilo que não acredita, faz o que não quer, mas age de acordo com o socialmente esperado.
Pessoas agressivas são aquelas que deixam qualquer princípio de socialização subordinado ao seu objetivo e interesse, portanto não é difícil para uma pessoa agressiva “cruzar a linha”.
Já uma pessoa assertiva é aquela que respeita a sociedade, mas também se respeita como indivíduo e faz uma composição entre o que é socialmente aceito com suas opiniões, vontades etc, posicionando-se de maneira clara, mas respeitosa.
Bom, mas o que você deve estar se perguntando é: como desenvolver, então uma comunicação assertiva?
Vamos lá às dicas:
- Examine com lucidez o que quer comunicar para alguém.
- Retire do conteúdo toda informação que não acrescente valor ao conteúdo que quer comunicar
- Não exagere nenhuma informação utilizando advérbios desnecessários
- Construa frases curtas e diretas
- Fale de forma clara
- Preste atenção ao receptor da mensagem
- Identifique se a mensagem foi compreendida.
Mas, por vezes, apesar de sermos assertivos, podem existir receptores que se ressentem e fazem o que popularmente chamamos de “mimimi”. Não há nada pior do que ter que lidar com pessoas que se ressentem com qualquer coisa que o outro fala, sente-se desrespeitado por qualquer coisa e por qualquer pessoa.
Uma postura “mimimi” é infantil e desajustada. Ajudar a pessoa a sair do “mimimi” é trazê-la para o aqui e agora. Fornecer dados de realidade e afirmar que nada que está sendo dito é pessoal. Valer-se de fatos, constatações e observações.
Fica aqui uma sugestão: pergunte-se: com quem eu consigo ser assertiva? E não assertiva? E agressiva. Identifique o que você faz para ser assertiva, vendo se é possível utilizar esse modelo para as demais situações.
Pratique, pratique e pratique.