Do mesmo jeito que precisamos de muito esforço para conseguir alguma coisa importante, vontade e persistência são fundamentais para quem quer sair da escuridão e caminhar um pouco mais para a luz, um pouco mais para a verdade, para a real beleza de cada uma das coisas do Universo.
Talvez no escritório, com o som dos telefones tocando, os clientes entrando e saindo, as secretárias falando, não nos damos conta da turbulência mental em que vivemos e da falta que sentimos de um pouco de paz, de um pouco de silêncio. Vale a pena o exercício diário de encontrar-se consigo mesmo e fazer alguma perguntas, como por exemplo:
Do que preciso para ter sucesso e me sentir com sucesso?
O que quero para a minha vida?
Por que fico tão irritado com algumas coisas?
Por que me prendo a coisas tão banais?
Quais as emoções que estou sentindo? Por quê?
Ecologia Mental
Outro hábito extremamente saudável é a preocupação com o lixo mental. Existe cada vez mais programas para a limpeza de fábricas e dos escritórios, programas de qualidade total, preocupação com a poluição do meio ambiente, o que é absolutamente importante. Mas, aproveitando essa onda, a despoluição mental, o cuidado com o lixo mental deveria ser a preocupação de todo o ser humano. Podemos escolher os nossos pensamentos, adotando o que é belo e harmonioso, simples, saudável e puro, eliminando tudo o que é vulgar, banal e grosseiro.
Para isso, cada momento deve ser percebido, todo pensamento deve se tornar consciente, uma vez que o pensamento determina o sentimento, ou seja, o pensamento harmonioso e equilibrado traz um sentimento de paz e calma. Um pensamento agressivo ou depressivo gera sentimentos de raiva ou de depressão. E os sentimentos, por sua vez, podem determinar a ação.
Discussões exaustivas acontecem, quando poderiam ser com o som dos telefones resolvidas de maneira simples, desde que as pessoas se dispusessem a ser mais flexíveis e não se ativessem a do e saindo, suas posições como forma de manter o poder.
Em resumo, tirar o lixo mental e concentrar-se nos objetivos que se quer alcançar é um meio eficaz para canalizar nossa energia na direção certa. Para isso, a capacidade de atenção e concentração precisam estar bem desenvolvidas, de forma a organizar as próprias ideias centrais, um ideal mais alto.
Flexibilidade mental, um ótimo passeio
Um dos maiores problemas que permeiam nossos relacionamentos interpessoais e que nos torna por vezes amargos e sem vida é a rigidez mental. Temos a tendência de ficarmos presos a um único ponto de vista, defendendo-o como se fosse a única verdade, como se fosse absoluto.
Discussões exaustivas acontecem, quando poderiam ser desenvolvidas de maneira simples, desde que as pessoas se dispusessem a ser mais flexíveis e não se ativessem a suas posições como forma de manter o poder. Colocar-se no lugar do outro e observar a realidade da forma que o outro enxerga é um exercício positivo que ajuda a chegarmos à síntese de um problema, sem a preocupação de defender posições.
Para flexibilizar a forma de ver as coisas, um exercício que pode ajudar muito é procurar sempre outros lados de uma mesma questão, brincar com alguns assuntos talvez menos importantes e encontrar novas formas de encará-los, olhar sob outro ponto de vista. Olhar da forma contrária do que normalmente se olha, buscar alternativas e tentar chegar a uma síntese dos vários pontos de vista. Esse é um passeio mental interessante que ajuda a flexibilizar o pensamento, desenvolve a criatividade e nos leva a questionar o absoluto que escraviza.
E é nesse momento que começamos a nos capacitar a trabalhar em time.
Cuidado com o que sai da boca
Especial atenção, quando se fala em time, tem que ser dada à comunicação. Temos uma facilidade muito grande em verbalizar tudo que queremos, mas nem sempre falamos o que se deve, para a pessoa certa, na hora certa, porque cuidamos muito pouco do que sai da boca e, por conta disso, machucamos, ferimos, criamos inimigos, perdemos amigos, enfim, destruímos times.
Ou seja, a palavra tem um peso muito importante, talvez pouco considerado. Convém um cuidado a mais, para que não percamos nosso direcionamento. Antes de falar, pensar e se questionar em relação ao peso que cada palavra tem para quem ouve. Colocar-se no lugar de quem está ouvindo e tentar sentir o impacto das palavras. Falar apenas o necessário, de forma objectiva e clara, não querendo que o outro que escuta tenha bola de cristal para decifrar o que está por trás das palavras.
Até o próximo artigo!
Grande abraço,
Fátima Motta